Divulgação: ICMBio |
Uma das espécies da fauna brasileira mais ameaçadas pelo tráfico internacional de animais, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), ganha uma nova chance de subsistência. Uma ação do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) vai coordenar o processo de transferência das araras entre criadouros e zoológicos nacionais e internacionais para a formação de casais e reprodução de filhotes.
A meta da entidade, vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é formar 26 casais até 2017. Em seguida, serão feitas solturas para estudos e ampliação da população na natureza.
A arara-azul-de-lear encontra-se na categoria Em Perigo (EN) na lista da fauna brasileira ameaçada de extinção. Ela é uma das aves mais cobiçadas pelo tráfico internacional de animais. Censos feitos pelo Cemave indicam a existência de apenas 1.300 exemplares vivendo livres na caatinga baiana, seu habitat exclusivo.
As aves a serem transferidas são oriundas de mantenedores da espécie em outros países – a Fundação Loro Parque, em Tenerife, na Espanha, e a Lubara Animal Breeding – Al Wabra (AWWP), no Catar. As duas instituições são parceiras do programa de cativeiro coordenado no Brasil pelo Cemave.
Para receber as aves e reproduzi-las em cativeiro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres identificou dois novos mantenedores brasileiros com experiência na reprodução de psitacídeos (araras, papagaios e periquitos), o Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, no Paraná, e a Fazenda Cachoeira, em Minas Gerais. O programa mantém, atualmente, 133 araras-azuis-de-lear em cativeiro.
Arara-azul-de-lear
A arara-azul-de-lear é uma espécie endêmica (só existente no local) da caatinga do nordeste da Bahia. Com aproximadamente 1.300 animais em vida livre, já foi considerada criticamente ameaçada. Mais recentemente, ganhou nova chance de sobrevivência em função das ações em campo do Cemave e parceiros que a protegem no seu habitat.
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