Foto: Daniel Kantek/ICMBio |
O Ministério do Meio Ambiente autorizou, nesta quarta-feira (22), a realização de estudos para a preservação da onça pintada. O acordo, que envolve a organização não governamental Criadouro Onça Pintada e o The Conservation Land Trust (CLT) da Argentina, depende da autorização do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
Quase extinto na Mata Atlântica, o animal poderá ser reintroduzido na natureza em áreas de conservação em território argentino. A região, na província de Corrientes, já foi habitat da onça pintada, que se extinguiu naquela localidade há mais de 50 anos.
A CLT está com o projeto pronto para a reprodução em cativeiro em área especialmente preparada para a reprodução. Os filhotes, que serão criados sem contato com o ser humano, seriam reintroduzidos em território com mais de 700 mil hectares, capaz de abrigar até 100 espécimes.
De acordo com Thiago de Freitas Netto, dirigente do Criadouro Onça Pintada, na Mata Atlântica a quase extinção do porco queixada e do caitutu, em razão da caça, reduziu drasticamente a população da onça no Brasil. “Queremos levar a onça para repovoar uma área onde há alimentos”. A 25 quilômetros de Curitiba, no Paraná, ele começou um projeto de criação em cativeiro do felino e outras 160 espécies da lista em extinção.
O projeto se transformou em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e hoje conta com 160 animais em cativeiro, alguns nascidos no local e outros autorizados pelo Ibama, após apreensões e verificação da impossibilidade de retorno à natureza.
A organização pleiteia, junto ao Ibama, a soltura de 30 queixadas, espécie porco do mato, que era uma das presas da onça pintada. A ideia é repovoar uma área de Reserva Particular do Patrimônio próxima à Unidade de Conservação de Lindeira, no Paraná.
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