Foto: Ibama |
O flagrante ocorreu no rio Javari, em Atalaia do Norte (AM). Um peruano que transportava as toras de ucuúba, marupá, jacareúba, cedro, cedrorana, louro e samaúma foi abordado pela equipe de fiscalização e apresentou documentação peruana sobre a origem da madeira com informações inconsistentes. O estrangeiro não portava nota fiscal. Segundo a Funai, parte das toras foi extraída ilegalmente em território brasileiro, na Terra Indígena Vale do Javari, segunda maior do país, com 8,5 milhões de hectares.
A ação faz parte da Operação Javari, que combate o tráfico de biodiversidade na tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). Na região, é recorrente o tráfico de madeira e de peixes ornamentais.
“O Ibama realiza frequentemente operações integradas de fiscalização com as Forças Armadas e outras instituições parceiras nessa área, que é estratégica para a proteção da biodiversidade. A reabertura da unidade técnica de Tabatinga vai intensificar a presença do Instituto na região”, disse o superintendente do Ibama no Amazonas, Geandro Pantoja.
Entre as madeiras transportadas foi encontrado o cedro, que está listado no apêndice III da Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora (Cites). Por esse motivo, é necessária licença especial para entrada ou saída do país. As toras apreendidas, que chegaram nesta quarta-feira (15/02) a Benjamin Constant (AM), ficarão sob guarda do Exército até serem doadas.
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