Foto: ICMBio |
O estudo vai enfocar questões como a atividade pesqueira e o ecoturismo e buscará respostas para garantir tanto a sustentabilidade ecológica como a socioeconômica e cultural da APA. Ao todo, participarão 52 pesquisadores de diversas instituições parceiras, federais e internacionais. Inédito, o projeto é o mais ambicioso já concebido para a região até hoje.
A APA é a maior unidade de conservação federal marinha do Brasil. Abrange cerca de 120 quilômetros de praias, recifes de corais e manguezais. Além de conciliar a manutenção dos estoques pesqueiros e o ecoturismo, abriga ações do projeto de preservação do peixe-boi marinho, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), do ICMBio.
Compromisso
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) assumiu o compromisso de ser uma das financiadoras do projeto, por meio de uma chamada pública voltada à Pesquisa Ecológica de Longa Duração, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes) e o British Council (Conselho Britânico). O aporte da Fapeal será de R$ 200 mil, em quatro anos.
Uma das participantes é a professora Ana Cláudia Malhado, docente da Ufal e doutora em Ecologia de Ecossistemas e Biogeografia pela Universidade de Oxford, Inglaterra. Ela explica que o objetivo maior do projeto é “suprir dados e informações que apoiem a gestão da APA Costa dos Corais”.
O diretor executivo de CT&I da Fapeal, João Vicente Lima, explica que o projeto está em sintonia com um programa internacional para pesquisa e monitoramento de grandes patrimônios ecológicos mundo afora. “Então o Brasil entrou nesta grande rede mundial com o comprometimento de cuidar dos seus sítios ecológicos complexos”, observa.
Editais
O gestor explica ainda que os editais lançados pelo CNPq, em parceria com as fundações de apoio à pesquisa (FAPs), são o meio de operacionalizar esse grande objetivo: “A Fapeal entra como co-financiadora e facilitadora local. Um Estado com tantas riquezas naturais e ecológicas como Alagoas não poderia ficar de fora”, diz João Vicente.
Ele acrescenta ainda que o grupo de pesquisa da Ufal teve que passar por um filtro competitivo, baseado estritamente no mérito. O projeto coordenado pelos professores Richard Ladle e Nidia Fabré concorreu com 168 propostas e obteve nota de 9.6, ficando na 18º posição entre os 32 aprovados.
“Agora, a gente tem a satisfação de dizer que Alagoas tem um grupo de pesquisa de alto nível nesse campo, que vai fazer ações com o incentivo da Fapeal, em um arranjo muito celebrado pelas agencias federais de apoio à pesquisa. Isso realmente é uma grande novidade para nós”, comemora o professor João Vicente.
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