Pare e pense, por um minuto, se você tivesse nascido na aldeia Sawré Muybu e fosse um indiozinho da tribo Munduruku. Como criança livre da mata, tivesse uma floresta para caçar, brincar e correr e um belo rio para nadar e pescar. Nas noites ao luar, reunido com sua família e seus amigos da aldeia, ouvir os mais velhos a contar histórias de seus antepassados e, todos juntos, pensar no futuro e no bem estar de todos.
Agora pense, por outro minuto que, de repente, seu mundo (sua aldeia, no
caso) estivesse correndo o risco de simplesmente sumir do mapa e que
terá que viver em outras terras, talvez longe de seus amigos, dos
animais que tanto admira e das plantas que, em algum momento de sua
vida, aliviaram sua dor, curaram alguma doença, salvaram a vida de seus
companheiros... E agora? Como viver com esta incerteza e o que fazer
para defender sua terra e sua gente?
No momento em que o Governo Federal planeja construir as usinas
hidrelétricas no rio Tapajós, em pleno coração da Amazônia, não é só uma
floresta com sua fauna e flora com toda sua biodiversidade que vamos
colocar em risco, mas vamos permitir - todos nós - homens brancos ditos
civilizados, sangrar o coração de doze mil índios.
Reflita: Você vai permitir que isso ocorra com estes brasileiros que
vivem da floresta e que merecem respeito e dignidade como todo e
qualquer ser humano?
O Grupo de Voluntários do Greenpeace de Porto Alegre, acredita que isso
não pode ocorrer e luta, com outros voluntários do Greenpeace do Brasil e
no mundo inteiro, para barrar a construção destas barragens nas terras
dos Mundurukus e pela não construção das hidrelétricas no Rio Tapajós.
Neste sábado (23.07.16) das 14h30 às 18h, os voluntários Emerson Prates, Paula Dreher e Maria Alice Seidel realizaram
a pintura da Arte Tapajós na parede do imóvel situado no bairro Bom
Jesus de propriedade do casal Ernesto e Rejane avós do também
voluntário Rafael Posselt que cederam o espaço para a realização da pintura. A Voluntária Denise S de Souza foi a responsável por criar os stênceis em papelão e papel para a realização deste trabalho.
Sabemos que é pouco diante de tamanha barbaridade, mas é a forma que
encontramos de ajudar os Mundurukus a permanecerem em suas terras.
Sabemos que podemos, desta forma, inspirar outras pessoas a nos ajudar
nesta causa e assim pressionar o governo a desistir deste projeto
predatório com grandes e profundos impactos ambientais e sociais em
pleno coração da Amazônia.
Você também pode ajudar, entre no link SALVE O CORAÇÃO DA AMAZÔNIA!
e assine a petição para barrarmos as barragens no Rio Tapajós.
Para acessar o álbum de fotos, clique AQUI!
Texto: Valdeci C. de Souza
Fotos: Paula Dreher
Greenpeace Porto Alegre
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