Foto: Cristine Rocol / Divulgação PMPA |
O trabalho dos agentes comunitários de saúde junto às comunidades no combate a criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, vem ganhando reforço com a utilização de tablets para qualificar e agilizar as ações. Nesta segunda-feira, 28, foi realizada a entrega simbólica de um equipamento contendo aplicativo específico que auxilia na atuação dos agentes, em evento na Unidade de Saúde Cohab Cavalhada. Ao todo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) adquiriu 800 tablets, dos quais 84 já estão em uso, com wi-fi instalado e aplicativo desenvolvido pelo Telessaúde. Os demais seguem cronograma de entrega para contemplar as oito gerências distritais de saúde da Capital. A iniciativa conta com apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, para implantação do Programa de Tecnologia de Informação no Sistema Único de Saúde (Redesus RS).
A primeira região a receber os equipamentos foi a Sul-Centro Sul, onde os agentes foram capacitados e incorporaram a tecnologia ao dia a dia de trabalho. "As perguntas do aplicativo direcionam a pesquisa nas visitas domiciliares diárias, e as respostas ocorrem no momento da ação, sem a necessidade do registro em papel, o que agiliza bastante", avalia a agente comunitária Márcia Cristiane Pinheiro, da Unidade de Saúde Cohab Cavalhada. "O sistema envia informações quanto ao uso de repelente e orientações para o cuidado de gestantes e crianças, por exemplo", completa. Após as ações diárias de combate aos criadouros do mosquito e identificação de pessoas com sintomas das doenças, os trabalhadores retornam à unidade de saúde e enviam as informações apuradas à base de dados do Telessaúde, quando são compilados e enviados em relatórios semanais à SMS.O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, agradeceu a parceria do governo do Estado e parabenizou a equipe, que desde novembro do ano passado integra projeto-piloto para utilização de outro programa, o E-SUS, do Ministério da Saúde, para atendimento na Atenção Básica, e citou os esforços da secretaria para possibilitar a informatização da rede. "A modernização dos serviços vai muito além da aquisição de computadores. Nas 141 unidades de saúde, precisamos dar conta de toda a rede elétrica, tomadas, fiação e ar-condicionado em prédios novos, mas também em locais com instalações muito antigas. Tem sido um desafio, e os resultados já estão aparecendo", destaca Ritter, lembrando ainda da aquisição de novas câmaras frias para acondicionar as vacinas, feita em 2015. "No caso dos tablets, os dados permitirão um monitoramento muito mais abrangente e efetivo do combate ao mosquito, com informações que reforçarão o planejamento das estratégias de enfrentamento e prevenção", completa.
O coordenador da Atenção Básica do Estado, Thiago Frank, destacou a importância do trabalho dos agentes comunitários, ao acompanharem de perto a vida da população. "São peças importantíssimas, especialmente em áreas de vulnerabilidade", diz. Participaram ainda do evento o secretário-adjunto de Saúde, Jorge Cuty, a coordenadora da Atenção Básica da Capital, Vânia Frantz, a coordenadora-adjunta do Conselho Municipal de Saúde, Liane Oliveira, além de equipes da SMS e representantes do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) e Telessaúde.
E-SUS - Os agentes comunitários de saúde terão outro aplicativo à disposição para facilitar o trabalho de acompanhamento das comunidades na atenção básica. É o E-SUS, projeto-piloto desenvolvido pelo Ministério da Saúde em todo o país. Em Porto Alegre, a US Cohab Cavalhada integra a experiência, sendo que os agentes enviam sistematicamente sugestões para a melhoria da ferramenta.
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