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terça-feira, 1 de março de 2016

Pesquisa que investiga ligação entre zika e microcefalia tem início na Paraíba

Divulgação/EBC
A pesquisa que investiga a associação entre o zika vírus e a microcefalia teve início nesta semana no Estado da Paraíba. Ao todo, 60 municípios serão visitados por pesquisadores que buscam mais informações sobre a relação do zika vírus com a doença. A pesquisa faz parte de uma parceria entre o Ministério da Saúde, o governo da Paraíba e o Centro de Controle de Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos.
Por quase dois meses, oito equipes investigarão a proporção de recém-nascidos com microcefalia associada ao zika, além do risco da infecção pelo vírus. Serão realizadas visitas a aproximadamente 170 crianças que nasceram com microcefalia desde outubro de 2015. Para cada uma delas serão investigadas outras duas ou três crianças da mesma região, que não nasceram com microcefalia.
“Também faz parte deste estudo a investigação de pessoas que não foram acometidas pela doença (microcefalia). A partir da comparação desses casos é que a gente poderá estimar o risco, a relação entre o zika vírus e a microcefalia”, explicou a consultora técnica de Vigilância Epidemiológica do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Priscila Leite, que está coordenando os trabalhos das equipes na Paraíba.
Para a epidemiologista do CDC, Erin Staples, líder da pesquisa na Paraíba, o estudo poderá trazer novas perspectivas para o cenário atual. “O que pretendemos fazer é definir a associação das crianças diagnosticadas com microcefalia e se elas tiveram evidências de infecção congênita do vírus zika. Além disso, é importante entender se outros agentes infecciosos podem estar relacionados a esses casos”, comentou Erin Staples.
No estudo, as mães estão sendo entrevistadas pelas equipes de pesquisadores, e as informações serão registradas com o uso de tablets. O questionário é composto por perguntas relacionadas à gestação da mãe, possíveis sinais e sintomas que ela teve durante o período, além de perguntas relacionadas ao nascimento da criança.
Além disso, serão colhidas amostras de sangue dessas mães e bebês que serão examinadas pelo laboratório americano. O objetivo é identificar se existem outros agentes infecciosos, além do vírus zika, que possam estar relacionados aos casos de microcefalia.
Boletim
De acordo com os dados do último Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado no dia 23, a Paraíba é o segundo Estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no País. Ao todo, foram noticiados 790 casos, sendo 59 confirmados, 291 descartados e 440 em investigação.
Em todo o Brasil, 4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação pelo Ministério da Saúde e os Estados. Desde o início das investigações  em 22 de outubro de 2015 até 20 de fevereiro  foram 5.640 notificações, sendo 950 já descartadas.
No total, 583 notificações foram confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em 235 municípios de 16 unidades da federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). Destes, 67 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika.
Desde 2012, o Ministério da Saúde tem uma parceria com o CDC para cooperação de temas em saúde. O CDC participa de um estudo sobre Guillain Barré, na Bahia, além de estarem colaborando na área laboratorial de estudos da Fiocruz de Pernambuco sobre a relação do zika vírus e microcefalia.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

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