Descubra quanto de Mata Atlântica existe em você!

quarta-feira, 2 de março de 2016

ENERGIA SOLAR AINDA PROCURA UM LUGAR MAIS DESTACÁVEL NO PAÍS.


Se a energia eólica apresenta bons números, quando se olha para o desenvolvimento da energia solar, o panorama é bem mais modesto. O Ministério de Minas e Energia divulgou os dados de 2015 em que a energia produzida pelo Astro-Rei representa apenas 0,01% da matriz energética do país. 
Mesmo com o avanço de 207% em relação a 2014, a capacidade de captação solar foi de pífios 15 megawatts. Um contrassenso, já que somos um “país tropical e abençoado por Deus” quanto ao recebimento dos raios solares.
Um dos principais motivos para levar asestatísticas para baixo é a falta de tecnologia nacional para produzir as placas fotovoltaicas, seus componentes e outros equipamentos necessários para ajudar na geração de energia solar.
Existem algumas iniciativas para reverter esse quadro desfavorável. O primeiro é um financiamento de R$ 26 milhões aprovado pelo BNDES para subsidiar um projeto 100% nacional para os componentes de placas fotovoltaicas. Esse projeto é tocado pela empresa alagoana Pure Energy.  Por sua vez, a empresa anunciou que utilizará a tecnologia baseada em silício cristalino por ser melhor aceito no mercado.
O segundo é o desenvolvimento de  pesquisa  efetuado no  Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da Faculdade de Física da PUC do Rio Grande do Sul: os pesquisadores objetivam a criação de placas solares mais eficientes e acessíveis que as oferecidas em outras partes do mundo. Esse projeto recebeu R$ 6 milhões em investimentos por meio de uma parceria estabelecida entre empresas. Algumas das patrocinadoras são a Eletrosul e a Petrobras. De acordo com os técnicos, os módulos seriam compostos por 36 células solares que teriam a capacidade de converter 15,4% de energia solar em eletricidade. A média “mundão afora” é de 14%. As placas consideradas “superpotentes” conseguem o aproveitamento  máximo de 16%.  Outro objetivo que os pesquisadores querem atingir é estimular a cadeia produtiva com materiais oriundos do mercado nacional.
“Queremos diversificar a matriz elétrica e propiciar uma competição isonômica e o atendimento à garantia de suprimento”, diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Se o Nordeste tem tudo para se destacar na energia eólica, mais uma vez, ele sai na frente quando se refere à energia solar. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão é de que a região produza só em energia ‘limpa’ mais de 27.000 megawatts até 2018. Perdendo apenas para a Região Norte, mas com uma arrancada bela e impressionante. Ajudada pelo tempo sempre bom e pelo impulso dos ventos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário