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quarta-feira, 2 de março de 2016

Saúde atualiza situação epidemiológica da dengue na Capital

Foto: Cristine Rochol/PMPA
Porto Alegre contabiliza 67 casos confirmados de dengue nos dois primeiros meses do ano. Do total, 25 são importados, ou seja, pacientes que foram infectados durante período de viagem, e 42 casos têm infecção contraída na Capital, os chamados casos autóctones. Desses casos, 34 são de moradores da Vila Nova, e os demais são de residentes nos bairros Aberta dos Morros (2), Rubem Berta (2), Passo das Pedras (1), Sarandi (1), Santo Antônio (1) e Serraria (1). Esses números compreendem o período de 1º de janeiro a 29 de fevereiro no município, quando 447 notificações de suspeita de dengue referentes a pessoas residentes na Capital foram registradas. No mesmo período, houve 16 notificações de suspeita de infecção por chikungunya e 36 por zika vírus na cidade. Até o final de fevereiro, apenas um caso importado de zika foi confirmado em Porto Alegre. As investigações para as duas doenças prosseguem.
Vila Nova – No bairro, que concentra o maior número de casos autóctones da cidade em 2016, a Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) instalou, na segunda quinzena de fevereiro, 19 armadilhas de monitoramento de mosquitos adultos. A intenção é monitorar, semanalmente, o nível de infestação do vetor, o mosquito Aedes aegypti, na área que concentrou a maior incidência de pessoas infectadas e, portanto, há maior risco de transmissão viral. É importante ressaltar que dengue, chikungunya ou zika vírus são transmitidas pela picada da fêmea do mosquito vetor. Mas, para ser infectado, o inseto precisa picar uma pessoa doente, ou seja, o mosquito se infecta ao picar uma pessoa doente e, depois de alguns dias, passará a transmitir os vírus para seres humanos pela picada.

As vistorias nas armadilhas instaladas na Vila Nova indicam índice de infestação alto na área, com isolamento de vírus em uma armadilha. “Isso significa que existe a circulação do vírus na região e, por isso, a população precisa manter os cuidados para eliminar criadouros nas residências e estabelecimentos comerciais, pois a cada semana uma nova geração de mosquitos nasce”, ressalta a chefe da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da CGVS, Rosa Carvalho. A prefeitura mantém ações no bairro de forma permanente, como visitas domiciliares e ações de fiscalização ambiental.
 
Em Porto Alegre, o monitoramento com armadilhas está instalado em 28 bairros da cidade (em todo ou em parte). São 884 unidades, colocadas em residências ou estabelecimentos comerciais. Os moradores ou empreendedores são parceiros da prefeitura na iniciativa. As armadilhas não possuem substâncias tóxicas, não atraem mais mosquitos para o imóvel e não interferem na rotina da residência. A informação obtida com esse monitoramento orienta a vigilância em saúde para o controle do vetor e de casos das doenças transmitidas pelo mosquito.
 
A cada semana os mosquitos capturados nas armadilhas são coletados e enviados para análise quanto à presença do vírus da dengue, zika e chikungunya. Caso a armadilha seja positiva para um desses vírus, a CGVS alertará sobre a situação e serão tomadas as medidas de controle adequadas: aplicação de inseticida e eliminação de criadouros nos imóveis do entorno do local onde a armadilha está instalada e busca de possíveis novos casos. Em 2016 não houve registro de vírus de zika ou chikungunya em insetos coletados em Porto Alegre. Em relação ao vírus da dengue, foram positivadas duas armadilhas, uma no bairro Chácara das Pedras e uma na Vila Nova. Em ambas as situações medidas de controle vetorial foram desencadeadas pela CGVS. O mapa semanal das armadilhas está disponível para navegação no site Onde Está o Aedes? (www.ondeestaoaedes.com.br).

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