Foto ilustrativa CC |
Um programa do mantenedouro de animais silvestres de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, permite que pessoas e empresas adotem um bicho. O local abriga cerca de 400 animais de 128 espécies diferentes. Não é possível levá-los para casa. A adoção ocorre na forma de doações, e o adotante ganha título de padrinho.
A contribuição pode ser feita por meio de alimentos ou dinheiro que ajudam na manutenção do local. O visitante pode escolher espécies como urso pardo americano, leão, tigres de bengala, tucanos, tartaruga, entre outros. O Mantenedouro São Braz existe há 20 anos no município gaúcho.
"É o projeto Adote Um Amigo, que pessoas e empresas da cidade adotam e contribuem com alimentos para manter a espécie no cativeiro", explica Santos de Jesus Braz, coordenador do local.
Ele diz que qualquer ajuda é importante. Os tigres, por exemplo, consomem cerca de 80 quilos de carne a cada semana. Para alimentar todos os animais, são necessárias 4,5 toneladas de alimentos por mês.
Braz conta que o urso Charles é o dono do paladar mais exigente. Em dias quentes do verão, em que a temperatura chega quase a 40°C em Santa Maria, a alimentação dele é ainda mais especial. "Sorvete multivitaminado. É uma base com mel, água potável, uva e poupa de pêssego. Ele adora e é apaixonado por isso”, relata o coordenador.
Os animais que chegam ao mantenedouro são vítimas de maus tratos, tráfico ilegal ou eram mantidos em cativeiro. O urso Charles e um casal de tigres, por exemplo, atuaram durante anos em um circo. Araras, da espécie camindé, que vieram do Mato Grosso do Sul, seriam comercializadas na Europa.
Muitos deles já não conseguem mais sobreviver sozinhos. O esforço empreendido é para que os animais possam ser livre outra vez. No local, foi construído um monumento à liberdade com milhares de gaiolas de pássaros que foram apreendidos em situação ilegal, reabilitados e devolvidos à natureza.
"Priorizamos que todos os animais que possam ser devolvidos à natureza sejam imediatamente reintegrados ao seu ecossistema e as suas famílias. Até porque eles não andam sozinhos e precisam estar com seu bem maior, que é a sua família", finaliza Braz.
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