Arquivo/MCTI |
Os primeiros dados a serem divulgados serão sobre as áreas desmatadas em julho deste ano. O financiamento de US$ 9,25 milhões para operação do projeto foram captados pelo Banco Mundial.
O projeto estabeleceu a construção de um novo sistema para atender às características do bioma. "Na Amazônia, quando você tem uma área desmatada, imediatamente o satélite reconhece: tinha floresta, e agora não tem mais. No Cerrado, a gente não tem essa facilidade. Pode ser uma queimada ou um incêndio, mas é preciso saber se esse incêndio aconteceu por acúmulo de biomassa e ocorreu naturalmente ou foi proposital", explicou o coordenador de Biodiversidade e Ecossistemas do MCTIC, Roque Neto.
Realizado em parceria com as universidades federais de Goiás (UFG) e de Minas Gerais (UFMG), além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o projeto, que Roque Neto classifica como "ambicioso", prevê a reclassificação das características da vegetação do Cerrado pelos pesquisadores durante o monitoramento.
"São muitos tipos de cobertura vegetal, e a gente precisa alargar o entendimento do que seja esse bioma. Então, nosso projeto vem justamente tratar dessas especificidades do Cerrado, para que a gente possa, com precisão, avaliar o desmatamento e os riscos de incêndio e fazer estimativas de emissão de gases", disse.
O segundo passo é desenvolver o sistema de informação sobre riscos de incêndios florestais e estimativas de emissões de gases do efeito estufa. Para o coordenador do MCTIC, o projeto vai cobrir uma lacuna no monitoramento deste bioma, que não recebeu a devida atenção por causa do esforço institucional para frear o desmatamento da Amazônia.
"Uma vez já consolidado o Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite, a gente precisava agora cuidar do segundo maior bioma brasileiro, que tem mais de dois milhões de quilômetros quadrados. A gente precisava olhar para o que vinha acontecendo dentro dele."
Fonte: Portal Brasil, com informações do MCTI
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