Foto: Ibama |
O uso de balsas com motores e dragas vem causando acelerada degradação no leito do rio Uraricoera. Além dos danos ambientais diretos, causados pelo revolvimento da areia e do material mineral natural do leito dos rios e barrancos, trechos de mata nativa são destruídos com a finalidade de abrir novas frentes de prospecção para a lavra ilegal. O mercúrio metálico, usado para separar o ouro de outros minerais, é carreado para os corpos hídricos e resulta na contaminação de toda a cadeia alimentar.
O objetivo da Operação Curaretinga é desestruturar a logística do garimpo com a apreensão e a inutilização de equipamentos usados na lavra, como balsas, motores, dragas e mangueiras, além de materiais de suporte como combustíveis, botijas de gás, geradores, motores de popa e voadeiras.
Uma equipe formada por policiais militares e servidores da Funai permanecerá na região para impedir o retorno de garimpeiros pelo rio Uraricoera.
Em abril de 2016, Ibama e Funai realizaram operação de combate à exploração ilegal de ouro na TI Yanomami que resultou na destruição de 20 balsas, 11 acampamentos e 6 motobombas.
A TI Yanomami é a maior do Brasil, com 9,6 milhões de hectares nos estados de Roraima e Amazonas.
Extração ilegal de madeira
Durante a Operação Curaretinga, uma ação paralela de combate à extração ilegal de madeira foi realizada nas proximidades da Terra Indígena Waimiri-Atroari, no sul do estado. Agentes ambientais do Ibama identificaram corte raso, comercialização e estoque de madeira sem Documento de Origem Federal (DOF), além da extração irregular de minério na TI Yanomami, resultando na aplicação de R$ 1,3 milhão em multas. Também foram apreendidos 39,74 metros cúbicos de madeira serrada e 3.359,50 metros cúbicos de madeira em toras de diversas espécies.
Mais informações:
Ibama e Funai desativam garimpo ilegal na terra indígena Yanomami
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