Foto: Divulgação / ICMBio |
A descoberta é resultado da pesquisa intitulada “Inventário da Herpetofauna – Anfíbios e Répteis – da Estação Ecológica Rio Acre”, que envolveu seis investigadores, entre analistas ambientais do ICMBio e pesquisadores de universidades parcerias. Com formação em geografia e zoologia, o analista ambiental Marco Antônio Freitas foi um dos integrantes da equipe. “Fizemos duas expedições, uma em abril de 2015 e outra em fevereiro de 2016, totalizando 37 dias em campo”, lembra.
Após o término da segunda expedição, os pesquisadores se voltaram para a análise e compilação dos dados coletados. A descoberta da serpente Ninia hudsoni foi transformada em artigo científico, publicado no final do ano de 2016. “Tendo como base as informações georreferenciadas resultantes da pesquisa, o artigo traz um mapa com a distribuição potencial da espécie, isto é, os locais onde há mais possibilidade de encontrá-la”, explica Freitas.
Pesquisa científica e educação ambiental
Ainda de acordo com o pesquisador, a rara serpente negra de cabeça branca é um animal noturno e terrestre, vivendo entre as folhas secas que caem no chão da floresta. “A Ninia hudsoni se alimenta de pequenos animais e atinge um comprimento de 40 a 50 cm quando adulta”.
Para Marco Antônio, a pesquisa científica precisa ser cada vez mais valorizada e incentivada. Segundo ele, o conhecimento da biodiversidade nas UCs da Amazônia é fundamental para compreensão básica da biota local, além de ser útil na elaboração dos planos de manejo (documentos técnicos que orientam a gestão das áreas protegidas).
O próximo passo será a publicação de um livro que abarque as informações coletadas na pesquisa. “O plano da equipe gestora da unidade é publicar um livro sobre a fauna da Estação Ecológica Rio Acre. A linguagem será bastante acessível, voltada para o público leigo, com o objetivo de fomentar a educação ambiental”, destaca Freitas.
Clique aqui e confira o artigo sobre a serpente Ninia hudsoni.
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