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O Comitê Diretor do "Projeto de Salvaguarda do Patrimônio Linguístico e Cultural de Povos Indígenas Transfronteiriços e de Recente Contato na Região Amazônica", da Fundação Nacional do Índio (Funai), realizou sua primeira reunião, nos dias 30 de outubro e 1º de novembro, no Museu do Índio (RJ).
O objetivo foi definir questões relativas à composição e ao funcionamento da Unidade Gestora do Projeto (UGP), os critérios para indicação dos povos a serem contemplados pelo projeto, além da elaboração de um cronograma de trabalho para 2017.
Serão desenvolvidos 20 projetos de documentação de línguas e de culturas. De dez a 20 etnias deverão ser beneficiadas. O primeiro edital para contratação de especialistas e pesquisadores indígenas deverá ser publicado ainda em 2016.
Cooperação
O Projeto de Salvaguarda é resultado de Acordo de Cooperação Técnica Internacional entre a Funai, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), assinado em dezembro de 2015.
Composto pelos Diretores de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Artur Nobre Mendes, de Proteção Territorial, Walter Coutinho Jr., e do Museu do Índio, José Carlos Levinho, todos da Funai, o Comitê Diretor trabalhará com o apoio da Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania e da Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém-Contatados, também do órgão.
O projeto contará com a participação direta dos índios, incentivando os representantes de diferentes etnias a documentar aspectos específicos de suas culturas e línguas, por meio da promoção de oficinas de trabalho e concessão de bolsas de pesquisa para jovens em várias aldeias. O trabalho será desenvolvido em parceria com universidades e centros de pesquisa do País, sob a coordenação do Museu do Índio.
Línguas
Com vasta experiência na execução de projetos de cooperação internacional, a Funai, por meio do Museu do Índio, coordenou, de 2009 a 2015, o Projeto de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas, alcançando 105 aldeias de Norte a Sul do Brasil.
O projeto beneficiou uma população de 27 mil índios, esforço nacional para proteger, reforçar e revitalizar as muitas línguas e culturas indígenas existentes no território brasileiro.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Funai
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