Divulgação/Colegio Nacional de Buenos Aires |
O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), João Canalle, que liderou a delegação brasileira no evento, disse que os estudantes participaram de provas teóricas e práticas de astronomia e astronáutica.
Em uma delas, os conhecimentos dos alunos foram testados em um planetário. “Ele aponta para vários objetos solicitados pelo examinador, ou seja, onde está tal estrela, tal constelação, um planeta”, explicou.
Durante as provas, os estudantes também tiveram que mostrar que sabem usar os equipamentos de observação, como telescópios.
“É uma olimpíada que demanda conhecimentos teóricos de física, matemática, astronomia e elementos de astronáutica, mas também a parte prática é muito importante”, disse Canalle.
Os estudantes da equipe brasileira foram selecionados durante a etapa nacional da olimpíada, que é um requisito para os países ter representantes na competição internacional.
“É uma forma de induzir a criação de olimpíadas nacionais. É uma forma de você difundir, popularizar, a astronomia e a astronáutica. É o que fazemos no Brasil há 19 anos. Somos o país que tem a mais longa experiência, tradição em olimpíadas de conhecimento de astronáutica.”
Experiência
Mateus Siqueira foi um dos brasileiros na competição latino-americana. Aos 16 anos, o estudante está no terceiro ano do ensino médio em Mogi das Cruzes (SP) e foi o ganhador de uma das medalhas de ouro da equipe.
O interesse de Mateus pelo tema veio das conversas com o pai. “Ele é engenheiro mecânico, mas gosta bastante da área e sempre falou bastante comigo sobre isso desde criança”, contou.
No ano passado, Mateus foi chamado para participar das seletivas nacionais e chegou à OLAA. Para ele, a experiência de participar do evento foi além dos conhecimentos testados durante as provas.
“Teve bastante intercâmbio cultural. São nove países. A gente aprendeu espanhol, economia. No geral, a parte de integração foi muito legal, então a gente teve bastante oportunidade de conhecer as pessoas de outros países.”
Além do intercâmbio cultural e da medalha que trouxe na mala, a participação de Mateus na OLAA teve outro resultado importante: vai influenciar sua escolha profissional.
“Estou pensando em cursar engenharia espacial. A olimpíada me ajudou até a decidir qual a carreira vou seguir.”
Em 2017, a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica será realizada no Chile. Para se inscrever na etapa brasileira, as escolas interessadas devem acessar o site da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Os estudantes devem estar cursando o ensino fundamental ou médio em escolas públicas ou particulares de qualquer estado.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil
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