Divulgação Ibama |
Nos próximos dias 30 e 31 de agosto, o Ibama, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promovem o Seminário de Nivelamento de Informações e Conhecimentos sobre a Invasão de Javalis no Território Nacional. O evento acontecerá no auditório do ICMBio, em Brasília. O objetivo é nivelar as diversas entidades que atuam com o tema e reunir as informações disponíveis para a elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa) em Estado Asselvajado no Brasil. Participarão das discussões representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil envolvidos com os impactos e as ações de controle populacional da espécie.
Considerado uma das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo, o javali europeu provoca graves problemas ambientais, sociais e econômicos no país, segundo o coordenador-geral de Autorização de Uso e Gestão de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, João Pessoa Riograndense. A espécie já foi registrada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Acre e Rondônia. Tal proliferação levou o Ibama a autorizar o abate controlado, medida de manejo necessária para deter a invasão da espécie e adquirir conhecimento da ecologia do javali em território nacional.
O javali é um porco selvagem, originário da Europa, Ásia e norte da África. Foi introduzido em diversas regiões do mundo como animal de criação para a produção de carne. Durante muitos anos considerou-se a hipótese da invasão de javalis asselvajados no território brasileiro ter ocorrido pela fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul com o Uruguai, motivada possivelmente pela diminuição na oferta de alimento no país vizinho. Atualmente, é consenso que boa parte dos animais foi trazida clandestinamente do Uruguai, em caminhões, por pessoas interessadas em sua criação ou introdução não autorizada na natureza para a caça. Esses animais escaparam do cativeiro, se reproduziram sem controle e seus descendentes ocorrem em vida livre até hoje.
O seminário é aberto ao público e não há necessidade de inscrição prévia. O programa pode ser visto no link a seguir:
Nenhum comentário:
Postar um comentário