A partir de denúncia de índios da etnia Manoki, o Ibama iniciou levantamento por satélite de toda a região e de áreas previamente embargadas em ações realizadas em 2014 e 2015. Os primeiros alvos fiscalizados foram as fazendas Machadinho, Onça Parda, Elo Verde e Aprusma.
Os fiscais identificaram casos de desmatamento ilegal, exploração seletiva de madeira e descumprimento de embargos, motivando a aplicação de R$ 14.741.968,00 em multas e novos embargos que somam 5.535 hectares. Foram apreendidos dois tratores, três motosserras e 290 m³ de madeira, o que equivale à carga de dez caminhões toreiros.
Um trator encontrado em área de desmatamento ilegal, sem identificação e sem condições de remoção, foi destruído para evitar novos ilícitos. Uma arma foi apreendida e uma pessoa foi presa por porte ilegal.
“Antes de qualquer transação de terras na região, orientamos que se consulte a Funai e a Sema para verificar os limites da Terra Indígena”, disse o gerente-executivo do Ibama em Juína, Evandro Selva.
A Terra Indígena (TI) Manoki ocupa uma área de uma área de 206.455 hectares coberta de florestas a oeste do Rio do Sangue e a leste da TI Irantxe. A Manoki foi reconhecida oficialmente em 2002 e sua demarcação ocorreu em 2008. Agentes do Ibama continuam fiscalizando a região.
Fotos: Evandro Selva e Edilson Fagundes/Banco de Imagens do Ibama
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