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sábado, 5 de março de 2016

Plano Emergencial de Enfrentamento ao Mosquito Aedes aegypti


A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) lançou em dezembro de 2015, o Plano Emergencial de Enfrentamento ao Aedes aegypti, para frear o avanço das doenças provocadas pelo vetor, como dengue, chikungunya e zika – esta última relacionada aos casos de microcefalia. Ao todo, 19 secretarias municipais desenvolvem ações para reforçar as medidas já realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde.
O trabalho de combate ao mosquito é realizado por cerca de 600 agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) e acontece de segunda à sexta-feira nos oito Distritos Sanitários da cidade. O trabalho dos agentes inclui: o tratamento com larvicida biológico (BTI - Bacillus thuringiensis var. israelensi) dos possíveis criadouros e a eliminação mecânica dos focos. Além disso, a Vigilância Ambiental desenvolve ações de bloqueio, com a utilização de UBV (ultra baixo volume) leve em localidades com alta infestação de mosquito adulto (normalmente situação identificada pelos agentes de combate às endemias) e com grande concentração de casos das arboviroses.
Desde o dia 28 de novembro de 2015, a Secretaria de Saúde do Recife promove mutirões nos fins de semana para combater o Aedes aegypti em comunidades com alta infestação do mosquito. O trabalho é feito em parceria com profissionais da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que recolhe entulhos das comunidades onde acontece a ação.
Confira algumas orientações da Prefeitura do Recife para prevenir focos do mosquito Aedes aegypti:
  • Manter caixas d'água, tonéis e tanques sempre bem tampados;
  • Deixar garrafas vazias e com a boca para baixo;
  • Guardar pneus em local coberto;
  • Retirar a água da bandeja externa da geladeira pelo menos uma vez por semana e lavar com sabão;
  • Encher os pratinhos dos vasos de plantas com areia até a borda;
  • Colocar o lixo em sacos plásticos e manter as lixeiras bem fechadas;
  • Não jogar lixo em terrenos baldios;
  • Remover folha e tudo que possa impedir a passagem de água pelas calhas;
  • Verificar se todos os ralos da casa não estão entupidos e limpar uma vez por semana;
  • Não deixar água da chuva acumulada sobre a laje.
Para denunciar focos do mosquito Aedes aegypti, o usuário pode entrar em contato com a Ouvidoria da Saúde através do e-mail: ouvidoria.saude@recife.pe.gov.br / do telefone 0800.281.1520 / ou nolink.
Situação de Emergência – Diante da epidemia de dengue, chikungunya e zika, e da mudança de comportamento no padrão de ocorrência de microcefalia, a PCR declarou, no dia 29 de novembro de 2015, “Situação de Emergência” no município. O decreto nº 29.279 foi publicado no Diário Oficial do Recife em 1º de dezembro.
Parcerias – Além do trabalho em conjunto com as Forças Armadas, que disponibilizou cerca de 200 soldados para um trabalho de rua, desde 7 de dezembro de 2015, com previsão para durar por 180 dias, a PCR firmou parceria com outras instituições. Entre elas estão o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), Igreja Católica e igrejas evangélicas, Banco do Brasil, Associação de Indústrias da Panificação de Pernambuco (AIPP), Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Pernambuco (Sindipão) e também os veículos de imprensa, cujo trabalho de divulgação é uma importante ferramenta para alertar a população sobre os riscos da proliferação do mosquito.
Obs.: Os sinais de gravidade da dengue são: dor abdominal, vômito, tonruras, fezes escurecidas ou outros sangramentos, falta de ar, extremidades frias etc..
O que fazer se apresentar esses sintomas?
- Procurar imediatamente a Unidade de Saúde da Família mais próxima de sua residência para atendimento;
- Hidratar-se é fundamental! Beba 2 litros de líquido (água, água de côco, sucos) por dia;
- Não tomar aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios, como Ibuprofeno e Naproxeno;
- Repousar.
Microcefalia - Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês  nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a  33 cm. As microcefalias podem ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. (Fonte: Ministério da Saúde)
Núcleo de Desenvolvimento Infantil – A PCR deu início, em 4 de janeiro de 2016, às atividades no Núcleo de Desenvolvimento Infantil, voltado para a reabilitação das crianças com microcefalia, além de estimular o vínculo da mãe com o bebê. O serviço funciona na Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena.
O centro de referência é composto por ambulatório multiprofissional especializado em desenvolvimento infantil, com foco em estimulação sensoperceptiva e psicomotora. No local, as crianças têm acompanhamento nas áreas de Pediatria, Neuropediatria, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Assistência Social e Psicologia.
A nomeação de profissionais para a unidade ocorreu ainda no mês de dezembro de 2015. A equipe recebeu reforço de dois neuropediatras, dois fonoaudiólogos, dois fisioterapeutas e dois terapeutas ocupacionais para atuar no local.
Acesso – Os encaminhamentos ao Núcleo de Desenvolvimento Infantil são feitos por meio do Sistema de Regulação, tanto para usuários de áreas cobertas pela Estratégia de Saúde da Família como para as pessoas que moram em áreas descobertas. As gestantes que estiverem com suspeita de feto com microcefalia também receberão acompanhamento psicoemocional com profissionais da rede. O acolhimento será feito pelo Núcleo de Apoio em Saúde da Família e Programa Mãe Coruja Recife, que também está fazendo busca ativa dos bebês do Recife, com suspeita de microcefalia.

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