quinta-feira, 10 de março de 2016
ICMBIO LANÇA NOVA EDIÇÃO DA REVISTA BIOBRASIL
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de lançar, por meio da Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodiversidade (CGPEQ), mais uma edição da revista científica eletrônica BioBrasil, que tem como tema central Monitoramento da Conservação da Biodiversidade, com ênfase em experiências que envolvem unidades de conservação (UCs). Acesse a revista aqui.
“Nesta edição, reunimos algumas experiências com o objetivo de ampliar o diálogo sobre a importância e as estratégias de fortalecimento do monitoramento de biodiversidade, particularmente no que tange ao monitoramento sistemático de efetividade de conservação em unidades de conservação”, diz o editorial assinado por Fabio de Oliveira Roque, Katia Torres Ribeiro e Marcio Uehara Prado.
Diferentes abordagens
A edição traz 12 artigos que tratam de diferentes temas e abordagens no monitoramento e são assinados por vários pesquisadores. João Gabriel Giovanelli e colaboradores identificam e analisam as numerosas demandas de monitoramento constantes nos instrumentos de gestão do ICMBio (como planos de manejo de UCs). Pedro de Araújo Lima Constantino e equipe apresentam a dinâmica e os principais resultados do Seminário Internacional de Monitoramento Participativo, realizado em Manaus (AM), em 2014.
Carolina Comandulli e colaboradores apresentam sua experiência de uso de tecnologia para fortalecer a capacidade local de monitoramento. Os pesquisadores Leonardo Carvalho de Oliveira e Karl Didier mostram como a priorização e a significação do monitoramento podem ser fortalecidas com a adoção de método de planejamento que priorize a construção de modelos conceituais sobre o sistema sob manejo.
Em seu artigo sobre UCs com manguezais, Anders Jensen Schmidt e Tatiana Passos Gomes caracterizam o potencial de monitoramento e de envolvimento de pesquisadores a partir de diagnóstico das pesquisas científicas realizadas nessas áreas. A mobilização social para reportar os atropelamentos de fauna nas estradas, por meio do software Urubu, com grande potencial de impacto em políticas públicas, é o tema abordado por Alex Bager e colaboradores.
Métodos e protocolos
Os seis artigos seguintes dão ênfase a métodos e protocolos. Jessie Pereira Santos e colaboradores apresentam as borboletas como importante grupo indicador no monitoramento para gestão de unidades de conservação. Rafael Antonio Machado Balestra e equipe trazem de forma detalhada o roteiro para inventários e monitoramento de quelônios (animais com casco) continentais construído com ampla participação dos pesquisadores envolvidos com essas espécies no país.
Arthur Angelo Bispo e colaboradores apresentam um protocolo de monitoramento de aves em unidades de conservação que busca lidar com as diferenças em condições logísticas e de gestão das áreas, com base em orientações do Programa de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade do ICMBio.
Já as pesquisadoras Bianca Pinto Vieira e Patrícia Pereira Serafini propõem prioridades e elencam diversos cuidados que devem ser tomados no monitoramento de aves marinhas a partir da experiência na Reserva Biológica do Arvoredo, administrada pelo ICMBio no litoral de Florianópolis (SC).
Por fim, Chiara Bragagnolo e colaboradores trazem uma experiência de estudo das atitudes das pessoas que residem na região de uma UC em relação aos seus objetivos de conservação e propõem conjuntamente uma abordagem metodológica de monitoramento.
“Com este número temático, buscamos reunir e divulgar experiências em geral dispersas, com ênfase naquelas que envolvem monitoramento in situ. Esperamos que a diversidade de artigos cobrindo o tema seja de estimulante leitura e promova reflexões e ações em várias escalas; que este conjunto de iniciativas, reforçado, resulte em sempre melhor comunicação à sociedade sobre a biodiversidade brasileira, o papel das áreas protegidas e a efetividade das ações de conservação; e que o monitoramento da biodiversidade, com boa articulação de seus componentes, aumente nossa capacidade de gerir a biodiversidade visando sua conservação e uso sustentável”, conclui o editorial.
O que é
A revista Biodiversidade Brasileira tem como objetivo fomentar a discussão e a disseminação de experiências em conservação e manejo, com foco em unidades de conservação e espécies ameaçadas. Lançada em 2011, a revista entra agora no seu sexto ano de circulação, sempre com edições eletrônicas. A publicação é dirigida a gestores, pesquisadores e demais estudiosos do tema.
Fonte: ICMBio
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