Os 115 cilindros com gases tóxicos ou explosivos que estavam armazenados há mais de 20 anos no Porto de Santos chegaram nesta sexta-feira (25/08) ao local definido para a destruição controlada, a 90 km da costa de Santos (SP). Todo o processo deve ser concluído em cerca de um mês, caso as condições climáticas sejam favoráveis. O procedimento será feito de quatro formas: o diborano e o diazometano (explosivos) serão manipulados a distância, por acionamento remoto, e entrarão em combustão espontânea; o silano terá queima controlada; será realizada pirólise para a fosfina; e foi criado um um sistema de lavagem de gás para o cloreto de hidrogênio e o trifluoreto de boro. O tráfego de embarcações está proibido pela Marinha do Brasil num raio de três quilômetros ao redor da balsa que carrega os cilindros.
Após a destruição controlada dos gases, a balsa, as roupas da tripulação e os cilindros serão descontaminados antes do desembarque no porto. “Por medidas ambientais e de segurança os gases serão destruídos em alto-mar, mas o Ibama determinou à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) que todos os objetos e resíduos têm de voltar para o continente”, informou a coordenadora-geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo. Os recipientes e os gases que perderão seus efeitos tóxicos serão encaminhados para um local próprio para o descarte de produtos perigosos indicado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
O Ibama também solicitou à Codesp o estabelecimento de uma sala de Comando Unificado onde as instituições envolvidas (Codesp, Suatrans, Marinha do Brasil, Ibama, Ministério Público Estadual, Cetesb e Defesa Civil) tenham acesso a todas as informações e possam tomar decisões em conjunto. A Codesp também deverá prover os meios de deslocamento em lancha rápida para que os analistas do Ibama possam acompanhar os procedimentos de destruição.
A balsa deixou o Armazém 10 do Porto de Santos na quinta-feira (24/08) pela manhã acompanhada por um navio de apoio à tripulação e viajou a cerca de 6 km/h, para evitar incidentes. Dos 115 cilindros, 15 contêm diborano, 41 estão carregados com silano, 34 com fosfina, 16 com cloreto de hidrogênio, oito com diazometano e um com trifluoreto de boro.
Foto e fonte: Ibama
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