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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Plano Javali tem metas para 5 anos

Foto: ICMBio
Legislação, prevenção, monitoramento, mitigação de impactos, controle, pesquisa e divulgação científica, capacitação, comunicação e sensibilização. Esses foram os principais temas debatidos na oficina de elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali Asselvajado no Brasil, realizada na semana passada, em Brasília.

O javali é uma espécie exótica que causa desequilíbrio no meio ambiente e prejuízos às lavouras de pequenos agricultores. Sem predadores naturais, se reproduz rapidamente e logo desenvolve populações numerosas. Os animais, importados pelo Brasil nos anos 1990 da Europa e do Canadá para criadouros no Rio Grande do Sul e São Paulo, foram soltos ou fugiram e têm se alastrado pelo país, chegando à Bahia e ao Tocantins. Atualmente, estão presentes em 13 estados brasileiros.

O evento, promovido pelos ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ibama reuniu 50 especialistas para definir ações e estratégias de atuação para os próximos cinco anos. Os participantes garantiram a representatividade das diferentes visões sobre o problema e a organização e coordenação das ações.

Para cada objetivo específico, foram definidas ações, os articuladores e colaboradores, custo estimado e período. Também foi definido o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), responsável por coordenar a implementação do plano, com representes do ICMBio, Ibama, Mapa, MMA, Confederação Nacional da Agricultura (CNA), pesquisadores e Associação de Tiro e Caça (controladores legalizados de javali). A coordenação conjunta do plano ficará a cargo do Ibama e Mapa.

O objetivo central do plano é conter a expansão territorial e demográfica do javali no Brasil e reduzir os seus impactos, especialmente em áreas prioritárias de interesse ambiental, social e econômico. Após consolidado, o documento será publicado no Diário Oficial da União por meio de normativa interministerial assinada pelo MMA e pelo Mapa.

Participaram da oficina representantes do MMA, Ibama, ICMBio, Mapa, Ministério da Saúde, Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Embrapa, órgãos estaduais de Meio Ambiente (SP, PR e DF) e de Agricultura (RS, GO e SC), pesquisadores, universidades, Associações de Tiro e Caça, Conselho Federal de Medicina Veterinária, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação (Tríade), Confederação de Agricultura e Pecuária, Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina e Exército.



  

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