Foto: Ibama |
O Ibama participou na última segunda-feira (07/11) do 1º Seminário de Monitoramento Integrado com Radar Orbital 2016, em que foi discutido o uso de tecnologia que permite observar a superfície terrestre através das nuvens em períodos de clima fechado e de chuvas. A iniciativa faz parte do Projeto Amazônia SAR, realizado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), com apoio do Ibama e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
As informações obtidas pelo radar são enviadas ao Ibama e analisadas pela equipe de geoprocessamento, resultando em monitoramento com dados mais precisos para a fiscalização. O projeto é financiado pelo Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). "O Projeto Amazônia SAR permite ao Ibama chegar ainda mais rápido aos desmatamentos, principalmente na época de chuva. Esse financiamento veio em momento propício, justamente quando o Ibama aprovou seu projeto de apoio logístico à fiscalização (Profisc)”, disse o diretor de Proteção Ambiental, Luciano Evaristo.
Área de vegetação amazônica suprimida. Imagens de satélite.
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O monitoramento da Amazônia em tempo real realizado pelo Inpe utiliza radar ótico e pode ser prejudicado pela presença de nuvens. O radar orbital do Projeto Amazônia SAR emite pulsos de rádio cujos ecos são recebidos e gravados para gerar imagens SAR. A tecnologia, que será utilizada para monitorar cerca de 950 mil quilômetros quadrados por mês, não depende da luz do sol e tem a vantagem de ultrapassar a barreira de nuvens, permitindo a detecção do desmatamento no período chuvoso, que se estende de outubro a abril. Os alertas emitidos serão utilizados pelo Ibama e pelos órgãos estaduais na fiscalização.
Participaram do seminário como palestrantes do Ibama os coordenadores-gerais de Fiscalização Ambiental, Jair Schmitt, e de Monitoramento, George Porto, que abordou a metodologia de priorização dos polígonos de desmatamento na Amazônia com base em sua velocidade e persistência, detalhando a leitura das imagens de satélite. Schmitt destacou a importância de novas tecnologias para o combate ao desmatamento. "As medidas repressivas são fundamentais para coibir a prática criminosa do desmatamento e irão auxiliar as ações de fiscalização ambiental", disse Schmitt.
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