Foto: Vinicius Modesto/Ibama |
O Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apreenderam nesta quinta-feira (29/09) cinco barcos clandestinos e 10 redes de arrasto na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, na altura da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Os envolvidos na pesca sem licença foram autuados em R$ 17,5 mil e serão denunciados ao Ministério Público por crime ambiental.
Os fiscais surpreenderam os pescadores pela manhã, quando já haviam lançado as redes e realizavam o arrasto em busca de camarão no interior da unidade de conservação. A APA de Guapimirim abriga um dos últimos remanescentes de manguezal da Baía de Guanabara e funciona como berçário para inúmeras espécies marinhas.
"A APA de Guapimirim mantém a Baía de Guanabara viva em termos ambientais. Ainda existem pescados de importância econômica como o robalo no Rio de Janeiro por causa dessa área protegida", diz o analista ambiental Renato Riebold, que coordenou a fiscalização.
A pesca com redes de arrasto causa enormes prejuízos ao meio ambiente. Sua prática é proibida em unidades de conservação e em profundidade inferior a cinco metros na Baía de Guanabara, ou seja, em locais perto da costa. Estima-se que para conseguir um quilo de camarão a rede de arrasto revolve o fundo e captura dez quilos de outros organismos vivos, que serão descartados pelo pescador. "Grande parte é de peixes e organismos juvenis que não atingiram a maturidade sexual, uma perda enorme para a natureza", diz o analista do Ibama.
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