Imagem: Museu de Ciências da Terra/divulgação |
Cientistas anunciam a descoberta de uma nova espécie de dinossauro, considerada a maior já encontrada no País. Batizado de Austroposeidon magnificus, o dinossauro media cerca de 25 metros de comprimento.
Com base nas características anatômicas de parte do pescoço, coluna vertebral e braço, o animal foi classificado no grupo dos titanossauros, animais herbívoros de corpo bem desenvolvido, pescoço e cauda longos e um crânio relativamente pequeno.
O fóssil foi encontrado ainda na década de 1950, em São Paulo, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, e estava guardado no Museu de Ciências da Terra, localizado no bairro da Urca, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, vinculado ao CPRM – Serviço Geológico Brasileiro.
Os restos desse animal foram coletados nas redondezas da cidade de Presidente Prudente, sudoeste do estado de São Paulo, e suas características são muito semelhantes a espécies argentinas também enormes, como o Mendozasaurus e o Futalognkosaurus.
O material ainda não havia sido analisado, o estudo foi realizado graças a uma parceria entre pesquisadores do Museu de Ciências da Terra e do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além da Petrobras e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
No Brasil, já foram encontradas nove espécies de titanossauros. Até a descoberta do Austroposeidon, o maior dinossauro brasileiro era o Maxakalisaurus topai, que tinha mais de 13 metros de comprimento.
Novas descobertas
Parte do material desta nova espécie foi analisada com auxílio de um tomógrafo, para acessar a parte interna dos ossos. Esse estudo revelou a presença de características novas para a classe dos titanossauros, tais como anéis de crescimento intercalados com um tecido ósseo mais denso, cujo significado, segundo os pesquisadores, ainda não foi bem compreendido.
De acordo com o estudo, a descoberta do Austroposeidon não apenas contribui com novas informações anatômicas e evolutivas para os dinossauros, mas também mostra que espécies gigantes reinavam no País há milhões de anos.
De acordo com o paleontólogo Alexander Kellner, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a descoberta é importante por apontar a possibilidade de que espécies ainda maiores tenham vivido no Brasil.
"Reforça o que chamamos de paleodiversidade, que é a variedade de espécies desses animais. Todos nós, desde o Pryce, já imaginávamos que existiam animais desse porte, mas não podíamos evidenciar ou provar. Hoje, demos este passo e, com isso, é natural afirmar que existe sim, a possibilidade de encontramos outros ainda maiores", afirmou.
O material encontrado e uma reconstrução do braço do animal em tamanho natural estarão expostos no Museu de Ciências da Terra para visitação pública a partir desta quinta-feira (6).
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil
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