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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Estudo de rotas das tartarugas marinhas podem indicar novas unidades de conservação

Divulgação/Projeto Tamar
Uma pesquisa do Projeto Tamar, em andamento desde 2014, começa a mostrar que as tartarugas-de-pente podem ser indicadores na proposição de novas unidades de conservação (UCs) no litoral brasileiro.
A espécie depende de ambientes recifais saudáveis para alimentação e desenvolvimento e precisa de atenção adicional por estarem entre as tartarugas marinhas mais ameaçadas de extinção no mundo.

Até agora, foram dois momentos de captura e marcação em 12 fêmeas rastreadas em 2014/2015; e mais 12 fêmeas rastreadas em 2015/2016. Destas, 20 alcançaram as áreas de alimentação. Nesta temporada de reprodução, que se inicia ainda em 2016, mais seis transmissores serão instalados em fêmeas que chegarão ao Estado do Rio Grande do Norte.

Quatro tartarugas pararam de transmitir antes de chegarem às áreas de alimentação, com deslocamento entre 15 e 58 km, permanecendo ao largo das praias de desova e fora de unidades de conservação.

Migrações
Nove tartarugas migraram para o norte (com deslocamentos entre 101 e 1.515 km) e passaram pela Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual Recifes de Corais (RN), e duas se estabeleceram nos limites desta UC para a fase de alimentação.

Outras cinco tartarugas transitaram durante a migração pelas unidades e Reserva Extrativista Prainha do Canto Verde (CE), Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio (CE) e APA das Reentrâncias Maranhenses (MA).

Sete tartarugas migraram para o sul (com deslocamentos entre 81 e 559 km), cinco tartarugas cruzaram os limites das APAs da Barra do Rio Mamanguape (PB), de Santa Cruz (PE), de Guadalupe (PE) e Costa dos Corais (PE/AL), na fase migratória.

Duas fêmeas definiram como área de alimentação a APA Costa dos Corais. Todas as tartarugas permaneceram na plataforma continental.

Projeto Tamar
O Projeto Tamar, iniciado nos anos 80, protege as tartarugas marinhas no Brasil. Hoje, é uma soma de esforços entre a Fundação Pró-Tamar e o Centro Tamar/ICMBio. O projeto trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

A iniciativa protege cerca de 1.100 km de praias e está presente em 25 localidades, incluindo áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, serve de modelo para outros países.

Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente e do Projeto Tamar

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