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sábado, 27 de agosto de 2016

Conheça os Planos de Ação Nacional para 594 espécies ameaçadas


Abrigando mais de 120 mil espécies de invertebrados e quase 9 mil espécies de vertebrados em seu território, o Brasil é responsável pela gestão da maior diversidade biológica do mundo. Com a missão de proteger esse imenso patrimônio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lança mão de três ferramentas integradas: avaliação do risco de extinção das espécies, identificação de cenários de vulnerabilidade e, por fim, implementação de Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção, os PANs.

Sob coordenação do ICMBio, por meio de seus 14 Centros de Pesquisa e Conservação, os PANs começaram a ser lançados a partir de 2009. Atualmente, o Instituto soma 42 planos vigentes, contemplando 594 das 1.173 espécies apontadas na Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. A meta do órgão é ter 100% delas incluídas em PANs até 2018.

“Os Planos de Ação Nacional são pactos com a sociedade; através deles nós nos responsabilizamos pela conservação dessas espécies. Hoje, entre governo e sociedade civil, são mais de 300 instituições envolvidas e mais de 3 mil ações em andamento no âmbito dos PANs”, ressalta Fátima Oliveira, coordenadora da área técnica responsável pelos planos.

Tomando como base a metodologia adotada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) – que subdivide a fauna ameaçada em três categorias: Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU) –, os documentos são elaborados com o objetivo de melhorar o estado de conservação das espécies em um horizonte temporal de cinco anos.

Ainda segundo Fátima Oliveira, durante o período de vigência, cada plano é monitorado por um Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), que avalia resultados, avanços e possíveis gargalos a serem superados. “O Brasil é referência mundial devido a esse trabalho de monitoramento que o GAT realiza ao longo de todo o processo”, afirma a coordenadora.

Resultados expressivos


Exemplo de sucesso das políticas de proteção, a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) saiu da lista de espécies ameaçadas em 2014. Incluída em dois Planos de Ação, o PAN para Conservação das Aves do Cerrado e Pantanal e o PAN para Conservação da Fauna do Xingu, a arara-azul-grande foi beneficiada pela intensificação do combate ao tráfico de animais.

arara-azul-grande
Outro caso emblemático é o do albatroz-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris), espécie que sofria intensamente com a captura incidental na pesca. Contemplado no PAN para Conservação dos Albatrozes e Petréis, o albatroz-de-sobrancelha também deixou a lista de espécies ameaçadas de extinção no mesmo ano.

Dentre as muitas espécies que melhoraram de situação, podemos destacar o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), que passou de Criticamente em Perigo para Vulnerável, o bacurau-de-rabo-branco (Hydropsalis candicans), que saiu da categoria Em Perigo para Vulnerável, além da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari Bonaparte) e do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus Linnaeus), que passaram de Criticamente em Perigo para Em Perigo.

Conheça os Planos de Ação Nacional aqui.


Fonte: ICMBio

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