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terça-feira, 17 de maio de 2016

Tamoios discute ordenamento do turismo náutico em Angra

Foto: ICMBio
A Estação Ecológica (Esec) de Tamoios, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no litoral sul fluminense, acaba de participar do lançamento do Selo de Qualidade do Turismo Náutico, experiência piloto em Angra dos Reis (RJ), que deverá ser adotada no resto do país.

O selo é uma iniciativa da Câmara Técnica de Turismo Náutico de Angra, da qual a Esec faz parte. A Câmara foi criada pelo Conselho Municipal de Turismo como espaço de diálogo entre os interesses públicos e privados dessa atividade. Além do selo, que é uma parceria com o Sebrae, a Câmara já tomou outras medidas como o Laboratório do Turismo Náutico e o Decreto Municipal de Cadastramento de Operadoras de Turismo Náutico.

A Estação Ecológica de Tamoios é uma área protegida marinha e está localizada no interior da Baía da Ilha Grande, abrangendo os municípios de Paraty e Angra dos Reis. A região é um dos mais importantes destinos de turismo e veraneio do Brasil. Lá, o turismo náutico é a principal atividade de lazer e recreação, gerando emprego e renda para milhares de pessoas.

O lançamento do selo ocorreu durante evento no Iate Clube Aquidabã/Angra dos Reis e contou com a participação do chefe da Esec Tamoios, Régis Pinto de Lima, que representa o ICMBio no Comitê Gestor do Selo de Qualidade.

No dia anterior, foi feita uma saída de barco para reconhecimento de áreas conflitantes da Eesc Tamoios e o turismo náutico e de praia, com a presença do delegado da Capitania dos Portos de Angra dos Reis, o presidente e assessores da Turisangra/PMAR, juntamente com gestores da unidade de conservação.

A saída serviu para melhorar o canal de diálogo entre as partes na busca pela resolução dos conflitos, tendo a Esec como área de influência sobre praias com histórico de movimento de fundeio/ancoragem de embarcações turísticas e de lazer, que geram atividades econômicas de forma operacional não permitidas (gestão marinha–Esec Tamoios e Capitania dos Portos) e não legalizadas administrativamente (gestão de praia–Prefeitura).

“Discutiu-se ainda a oportunidade de inserir o espaço natural de biodiversidade e de beleza cênica da Esec no turismo náutico da Baía da Ilha Grande. Como a navegação não é proibida na UC, há a possibilidade de mapear as rotas já existentes como roteiros de interesse do turismo ecológico, ou seja, o turismo de observação de espécies marinhas, como os grupos de boto cinza, os juvenis de tartaruga verde, as quatro espécies de aves marinhas e da beleza da mata atlântica insular. Além disso, a visita guiada às mariculturas locais, que envolvem a espécie de vieira nativa da baía, também tem potencial para integrar roteiros de turismo de observação”, disse o chefe da unidade, Régis Pinto de Lima.



Fonte: ICMBio

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