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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Ibama multa armador, apreende atuneiro e 19 são presos por pesca ilegal na Baía de Sepetiba

Foto: IBAMA
O Ibama multou, nesta segunda-feira (16), em R$ 40 mil por pescar ilegalmente na Baía de Sepetiba, no sul do Rio de Janeiro, um dos maiores armadores de pesca em atividade na costa do sudeste. Dona de uma frota atuneira com dezenas de embarcações de grande porte, a empresa sediada em Santa Catarina ainda teve um barco industrial, 150 quilos de peixes e cerca de 500 metros quadrados de redes apreendidos pelo instituto.

Além do armador, o Ibama autuou também o mestre da embarcação em R$ 10 mil pelo mesmo crime. "Ele autorizou o cerco na baía, porque cabe ao mestre a decisão do local da pesca, e ainda prosseguiu com a atividade mesmo com a licença do barco vencida", explicou o chefe do escritório do Ibama em Angra dos Reis, Felipe Bonifácio. Os 19 integrantes da tripulação envolvidos no crime ambiental foram presos pela Polícia Federal, indiciados por pesca ilegal, e soltos após pagar a fiança.

O atuneiro da empresa foi flagrado por agentes do instituto e da Polícia Federal (PF) quando fazia cerco na Baía de Sepetiba, local proibido para esta modalidade de pesca, na noite de sexta-feira (13). A embarcação partiu de Santa Catarina no dia 5 de maio, já com a licença de pesca vencida desde o início do mês, e havia acabado de entrar na baía em busca de iscas-vivas (pequenos peixes como a sardinhas-da-boca-torta e manjubas) para a pesca do atum, que ocorre em alto-mar.

Segundo o Ibama, os atuneiros que invadem a baía de Sepetiba contribuem significativamente para a alta mortandade de botos-cinza que vem ocorrendo na região. "Esse tipo de pesca realizada em grande escala retira o alimento dos botos-cinza, que também ficam presos nas redes de cerco e acabam se afogando. Prejudicam os botos na competição por alimento e na pesca incidental", afirma Felipe.

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