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terça-feira, 12 de abril de 2016

Combate ao Aedes visitou 34,9 milhões de imóveis em março

Foto: Governo de TO
Na segunda fase da mobilização nacional para o combate ao mosquito Aedes aegypti, durante o mês de março, os agentes de saúde e de endemias, com a ajuda de militares, visitaram 34,9 milhões de domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais brasileiros. Os números fazem parte do balanço do segundo ciclo divulgado pela Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika (SNCC), coordenada pelo Ministério da Saúde.
Do total de imóveis visitados, 29,2 milhões foram efetivamente vistoriados e 5,6 milhões estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Do total, foram encontrados focos do mosquito em 912 mil unidades. Os Estados que registraram maior número de visitas foram Tocantins, com 98% da totalidade de imóveis visitados, e Piauí, com 90%.
No segundo ciclo, as videoconferências com os Estados, que antes eram individuais, passaram a ser coletivas por regiões, permitindo que até seis Estados se conectassem simultaneamente e trocassem experiências sobre os problemas enfrentados localmente. “A interação entre as salas estaduais nesse período do ano de maior potencial de transmissibilidade da doença foi de grande relevância para manter a integração intersetorial e a motivação das equipes”, explicou a coordenadora da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika (SNCC), Marta Damasco.
Durante o mês de março, 90% das cidades (ou seja, 5.055 das 5.570 do Brasil) notificaram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Os dados são gerenciados pela Sala Nacional com base nas informações transmitidas pelas salas estaduais, a partir da mobilização para realização de visitas pelos municípios.
Outro avanço apontado pela coordenadora nacional da Sala de Coordenação e Controle é a instalação de locais de monitoramento em municípios. “Além das capitais, atualmente 545 municípios, sendo 127 em áreas prioritárias, também já instalaram salas municipais, o que contribui para a manutenção das ações de combate ao vetor no território e para a mobilização da sociedade”, completou a coordenadora.
O primeiro ciclo da mobilização, entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 67 milhões de domicílios.
Participação de estatais
A partir do segundo ciclo, a mobilização no combate ao mosquito também passou a contar com o engajamento de estatais, como Branco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Eletrobrás, além de empresas da sociedade civil, como a Unicef, que, além de realizarem ações com seus funcionários, potencializaram a identificação de possíveis focos do vetor.
A inserção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na composição das Salas Estaduais de Coordenação e Controle também contribuiu para o desenvolvimento de atividades nesse período. Em nível nacional foi possível articular ações de saneamento básico e resíduos sólidos de médio e longo prazos.
Os ciclos de mobilização e controle seguem até junho. A coordenadora da Sala ressalta a importância da continuidade das ações, mesmo no período de estiagem. “É importante manter a população mobilizada para evitar que os esforços feitos até então não se percam, por isso continuaremos articulando ações conjuntas e articulando novas reuniões com Funasa e diversos setores da sociedade”, finalizou.
Mobilização
A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer, destaca o Ministério da Saúde. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do País sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.

UF
Base de Imóveis
Visitas Realizadas
% Visitas Realizadas
Total Imóveis Trabalhados
Total Fechados e Recusados
Total
67.097.881
34.921.275
52,05%
29.282.818
5.638.457
AC
213.679
27.380
12,81%
26.509
871
AL
890.930
166.180
18,65%
144.016
22.164
AM
886.361
211.233
23,83%
194.598
16.635
AP
193.300
61.468
31,80%
55.886
5.582
BA
4.440.393
3.011.782
67,83%
2.609.422
402.360
CE
2.495.573
1.004.306
40,24%
944.763
59.543
DF
930.622
188.732
20,28%
154.615
34.117
ES
1.348.991
641.160
47,53%
495.555
145.605
GO
2.343.397
1.769.123
75,49%
1.493.144
275.979
MA
1.477.966
785.954
53,18%
740.649
45.305
MG
7.189.307
5.796.445
80,63%
4.987.781
808.664
MS
892.480
745.320
83,51%
647.034
98.286
MT
1.047.747
909.616
86,82%
806.976
102.640
PA
1.840.433
1.248.808
67,85%
1.059.442
189.366
PB
1.177.843
619.910
52,63%
564.720
55.190
PE
2.833.053
618.625
21,84%
495.124
123.501
PI
841.957
799.952
95,01%
749.595
50.357
PR
3.734.729
1.680.322
44,99%
1.377.816
302.506
RJ
6.738.009
3.745.100
55,58%
3.091.767
653.333
RN
1.030.466
424.627
41,21%
369.787
54.840
RO
474.400
416.211
87,73%
400.274
15.937
RR
135.171
79.048
58,48%
71.421
7.627
RS
4.136.361
1.349.806
32,63%
1.171.331
178.475
SC
2.416.910
718.948
29,75%
673.125
45.823
SE
611.386
423.368
69,25%
342.910
80.458
SP
16.328.957
7.038.671
43,11%
5.217.373
1.821.298
TO
447.460
439.180
98,15%
397.185
41.995
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde

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