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quarta-feira, 23 de março de 2016

Porto Alegre tem 78 casos de dengue contraídos na cidade

Patrícia Coelho / Divulgação PMPA
Porto Alegre contabiliza 110 casos confirmados de dengue, dois casos importados de zika (do Mato Grosso e Rio de Janeiro) e um caso importado de febre chikungunya (viagem a Fernando de Noronha) entre o início do ano e o dia 19 de março. Do total dos casos de dengue, 32 são importados, ou seja, pacientes que foram infectados durante período de viagem, e 78 casos têm infecção contraída na Capital, os chamados casos autóctones, com confirmações em 13 bairros. No bairro Vila Nova estão concentrados 51 casos autóctones e no bairro Chácara das Pedras foram contabilizados 10 casos contraídos confirmados na região até o momento e outros em investigação.

Os demais casos autóctones são dos seguintes bairros: Rubem Berta (3), Aberta dos Morros (2), Passo das Pedras (2), Santo Antônio (2), Vila João Pessoa (2), Azenha (1), Cristal (1), Santa Teresa (1), São José (1), Sarandi (1) e Serraria (1). Esses números compreendem o período 4 de janeiro a 19 de março (por semanas epidemiológicas), quando 785 notificações de suspeita de dengue referentes a pessoas residentes na Capital foram registradas, entre as 912 notificações feitas na cidade. No mesmo período, houve 24 notificações de suspeita de infecção por chikungunya e 63 por zika vírus na cidade em pessoas residentes da Capital. As investigações para as duas doenças prosseguem.
Chácara das Pedras - Na ação realizada nos casos do bairro Chácara das Pedras, os agentes de combate a endemias da SMS realizaram 176 visitas domiciliares na área, para orientação aos moradores e auxílio na remoção de criadouros do mosquito. Nessa atividade, no entanto, foram registrados 108 imóveis fechados e 10 que recusaram a entrada dos agentes, o que prejudica a eficiência das medidas de controle da doença. Em relação às armadilhas de monitoramento instaladas próximo à área com maior transmissão no bairro, o índice de infestação do mosquito vetor é alto há pelo menos quatro semanas, o que indica a necessidade de maior atenção dos moradores em relação à remoção de criadouros do inseto.

Gestores da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ressaltam que a situação epidemiológica de Porto Alegre indica que há tendência do aumento do número de casos autóctones na cidade, com a ampliação do número de bairros com registro de doentes. “Por essa razão, o alerta aos moradores para que revisem os seus domicílios, utilizem repelentes para proteção individual e apoiem as ações da SMS para o controle do mosquito vetor”, enfatiza a bióloga Maria Mercedes Bendati. Reforço nas ações de fiscalização ambiental e atenção aos arroios da região também estão sendo implementadas pela prefeitura no bairro. 

Vila Nova - Na Vila Nova, bairro que concentra o maior número de casos autóctones da cidade em 2016, a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) mantém ações de monitoramento de forma permanente, como as armadilhas para monitorar a população de mosquitos adultos na área com maior transmissão viral e ações de fiscalização ambiental e visitas domiciliares. As vistorias nas armadilhas instaladas na Vila Nova indicam índice de infestação alto na área, mas sem circulação viral na última semana.

Viagem na Páscoa - O feriado de Páscoa, historicamente, é um dos que registra maior fluxo de viajantes para o interior do Estado. Atualmente, há confirmação de circulação do zika vírus em Santa Maria e Frederico Westphalen (transmissão autóctone confirmada). De acordo com informação do Informativo Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de 18 de março, as cidades com transmissão autóctone de dengue no RS são Canoas, Porto Alegre, Viamão, Guaíba, Barra do Ribeiro, Santa Maria, Ibirubá, Selbach, Santo Ângelo, São Paulo das Missões, Santa Rosa, Tuparendi, Chapada, Panambi, Condor, Ijuí e Frederico Westphalen.

Por isso, a SMS mantém o alerta para que todas as pessoas que se dirijam para áreas com transmissão dos vírus da dengue, chikungunya ou zika adotem as medidas de proteção individual preconizadas pela Organização Mundial de saúde: uso de repelente corporal, uso de repelentes elétricos, para uso no interior dos imóveis (em tomadas), uso de roupas com mangas e calças compridas. No retorno a Porto Alegre, em caso de sinais ou sintomas das doenças, é importante buscar atendimento médico e referir ao profissional a viagem para área com transmissão da doença. A SMS, por meio das equipes de Vigilância das Doenças Transmissíveis e de Roedores e Vetores, emite nesta quarta-feira, 23, Alerta Epidemiológico para a rede de saúde da Capital, para que todos os casos suspeitos de dengue, zika ou chikungunya sejam notificados à CGVS/SMS.   

 Informações sobre o Aedes aegypti, a dengue, a febre chikungunya  e o zika vírus estão disponíveis no site www.ondeestaoaedes.com.br.

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