Foto: José Cruz/Agência Brasil |
O centro será construído na Fazenda Concórdia, município de Curaçá, na Bahia, às margens do riacho Melancia, uma área cercada de 2.380 hectares, pertencente a uma das instituições parceiras, Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar.
A instalação permitirá a ampliação do manejo da espécie em cativeiro e a devolução da espécie ao habitat natural. Na última avaliação publicada pelo ministério, a área onde será construído o centro foi escolhida como de extrema importância para a conservação e é prioridade de criação no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Há mais de 15 anos, a Caatinga sofre com a falta das ararinhas. Sabemos que todas as espécies, desde as mais exuberantes às mais singelas, são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas. A dedicação de tantas pessoas de diferentes origens para chegarmos até aqui simboliza a compreensão de nossa responsabilidade comum”, disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante a solenidade de assinatura da parceria.
Criadouros
O ministro defendeu a existência dos criadouros para a preservação ambiental. “Outra questão ainda vista de forma preconceituosa é a importância dos criatórios para a proteção das espécies ameaçadas. Os criatórios que participam desse trabalho estão salvando as ararinhas-azuis. Temos de aprender com as experiências que já ocorreram no Brasil e multiplicá-las em nossos vivos vermelhos, que indicam a fauna e a flora em situação de risco e que estão cada vez mais volumosos”, ressaltou.
Além da AWPP, o projeto conta com a parceria de mais três instituições internacionais: Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha, Parrots International (PI), dos Estados Unidos, e a Jurong Bird Park, de Singapura. No Brasil, tem o apoio do ICMBio e da Fazenda Cachoeira.
A ararinha-azul, considerada extinta desde 2000, é uma espécie nativa da Caatinga brasileira. Os animais existentes no mundo estão em criadouros particulares. Atualmente, 120 animais estão distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.
Especialistas que integram o Grupo de Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-Azul (PAN Ararinha-Azul) ressaltam a importância do “manejo das ameaças”, ou seja, ações como a redução dos perigos do tráfico ilegal de animais silvestres e o risco de uso do solo por mineradores.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil
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